sábado, 28 de janeiro de 2012

SOLIDÃO

Sinto no meu frágil peito, a tristura
Sinto uma lança que, lentamente
Aloja-se no pobre e descontente
Coração, esposo da amargura

Sinto o metal gelado, feito quente
Cortando as entranhas da ternura
Da alma cansada desta loucura
Sinto o corpo sem tato, já dormente

E, de sentir, hei de nunca mais sentir
Culpa da solidão que há sem ti
Não sabes que te amo loucamente

Na inútil discrição que eu tenho
Não mostro o sentimento, então, venho
Morrendo sozinho, assim doente.
Fabio Rezende


Nenhum comentário:

Postar um comentário