Vem ter comigo... Ó inevitável...
Companheira de todos os homens
A morbidez fatídica me consome
Vestida do pavor inconsolável
Em minha campa, repousando só
Com o carinho dos vermes no meu corpo
Não quero confessar que estou morto
E, pouco a pouco, virando pó
Hoje sou nada mais do que ossos
Sou destroços de todos os destroços
Partido em mil pedaços; desfeito
Sem forma alguma, cheirando mal
No funéreo leito natural
Não bate o coração nesse meu peito.
Fabio Rezende
Nenhum comentário:
Postar um comentário