sábado, 28 de janeiro de 2012

DECOMPOSTO

O orgulho escorreu pela parede
A honra que eu não tive, vejo morta...
Deitada e fétida na minha porta
No meu pensar deturpado e com sede

Ai! Eu disse. Chamo-te e digo: - Vede!
Quão triste criatura, se entorta
O peito sente falta do que conforta
E me esfria no balançar da rede

Minha identificação frustrada
Sinto ser ninguém, sinto-me um nada
Onde estão os sonhos da infância?

Sem você por perto, minha amada
Sem o doce encanto da minha fada
Decomponho minha pobre substância.
Fabio Rezende

Nenhum comentário:

Postar um comentário