sábado, 26 de novembro de 2011

VÃO

Abutres me espreitam, não entendo
Sinto adormecer meu corpo frio
Versos soturnos e um arrepio
Minh'alma flutua, eu não me rendo

Estarei eu, vivo ou morrendo?
Pois, não vejo cor, sinto um vazio
E a tristura fúnebre do rio
E eu, longe de mim, me arrependo

Por não ter vivido, estando vivo
Não chorar por nada e ser altivo
É tardio meu pranto, minha dor forte

Perdi a existência na idade
Então, me resta a eternidade
Para querer viver depois da morte.
Fabio Rezende

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