sexta-feira, 2 de setembro de 2011

VERUM

Era alguém estirado em seu regaço
Vi, ali deitado, um morto um nada
Dormia triste, pela vida passada
Dormia sem mais tempo, nem espaço

 Alguém sonhava em mente de aço
Jamais sonharei com a revoada
Daquela inexistência ultrapassada
Da intuição langorosa, do laço

O nó das mentiras aqui contadas
Ouvidas e certamente creditadas
Com as verdades mais concretas

Um ser que sequer viveu, hoje é pó
E eu não sei se tenho raiva ou dó
Nem o que não sente um poeta
Fabio Rezende

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