Sarcástico e irônico sorriso
Na minha face serena e tristonha
Meu pobre ser não tem força e nem sonha
Venta forte, faz frio e chove granizo
Inóspito e inabitável e liso
O solo escorregadio da medonha
Terra infértil da minha vergonha
Estranhamente, estranho tal riso
Meu silêncio é natural... é comum
Por toda parte, por lugar nenhum
Nascido por culpa da tal cegonha
Meu oponente cruel é meu espelho
Deixa-me tão ferido e de joelho
Eu sou o sintoma rude da peçonha
Fabio Rezende